Os grandes bancos não estão em crise
Lucros recordes nos maiores bancos dos EUA revelam sucesso após aumento das taxas de juros.
NEGÓCIOS
6/17/20232 min read
Recentemente, o setor bancário tem dado motivos para comemoração, especialmente para os maiores bancos dos EUA. Na temporada de divulgação de lucros corporativos, essas instituições revelaram ganhos impressionantes no último trimestre.
Enquanto os bancos menores, como o Silicon Valley Bank e o Signature Bank, sofreram com o aumento das taxas de juros do Fed, os grandes bancos se beneficiaram, pois puderam cobrar mais pelos empréstimos. O JPMorgan, Citigroup e Wells Fargo superaram as expectativas para o primeiro trimestre, impulsionados pelos lucros provenientes desses empréstimos.
O JPMorgan, o maior dos grandes bancos, alcançou receitas recordes e registrou um aumento de 52% nos lucros, chegando a US$ 12,6 bilhões, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. O Citigroup, o terceiro maior banco dos EUA, obteve um lucro de US$ 4,6 bilhões, um aumento de 7% em relação ao primeiro trimestre de 2022. O Wells Fargo, o quarto maior banco, continuou seu bom desempenho com um aumento de 32% nos lucros do primeiro trimestre de 2022, chegando a quase US$ 5 bilhões.
Isso significa que os gigantes do setor bancário conseguiram enfrentar as consequências das falências bancárias recentes, saindo não apenas ilesos, mas também mais fortes. No entanto, há incerteza em relação à retenção dos muitos novos depósitos que surgiram quando os clientes abandonaram os credores regionais em busca desses grandes bancos.
Enquanto os megabancos comemoram seu sucesso, os bancos menores ainda enfrentam dificuldades. Além disso, os três gigantes bancários alertaram que o crédito provavelmente se tornará mais caro e reservaram um total de US$ 2 bilhões para proteção contra uma possível recessão. Esses sinais indicam que eles não estão prontos para declarar uma vitória completa.
Em conclusão, os maiores bancos dos Estados Unidos saíram do caos causado pelas recentes falências bancárias não apenas ilesos, mas também mais fortes do que antes. Graças ao aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve, esses bancos puderam aproveitar as maiores tarifas de empréstimos, resultando em lucros significativos no primeiro trimestre. Enquanto os gigantes do setor bancário comemoram seu sucesso, os bancos menores continuam enfrentando desafios, e há preocupações sobre sua capacidade de reter o fluxo de novos depósitos à medida que os clientes fogem dos credores regionais.
Além disso, os grandes bancos permanecem cautelosos, antecipando que o crédito se tornará mais caro e reservando bilhões de dólares como medida de precaução contra uma possível recessão. Isso indica que eles ainda não estão prontos para declarar uma vitória completa. O cenário bancário continua a evoluir, e desenvolvimentos futuros determinarão a sustentabilidade e a resiliência de longo prazo tanto dos grandes quanto dos pequenos bancos diante das condições econômicas em constante mudança.